ondas, de modo que em muitos casos perduram ainda
as passagens graduaes como no Bantu-sudanes e
Khamito-semitico, Dravidico-australiano, Munda-poly–
nesico e lndo-chines, emquanto que em outros casos,
a passagem repentina explica-se perfeitamente com
perda de linguas intermediarias.
Theoricamente a expansao devia ter se dado
partindo de um centro em fórma de ondas concen–
tricas com a complicaQao, para a linguistica, da in–
terferencia produzida por ondas movidas de centros
secundarios. Porém sabe-se que estas ondas adaptam–
se
á
configuraQao dos continentes e a outras condi–
Qocs do ambiente. Pode-se dizer em geral, que nas
regioes periphericas mais longinquas dÓ centro de
dispersao, deram-se as primeiras · ondas migratorias.
Na Africa a ¡Primeira camada tioi a dos Negros,
á
que succederam os Khamitos meridionaes: Boxi–
manos, Hottentote-s, depois os Sandawe e etc. Na
Oceanía tall)bem os Negnos precedenam ás outras
rayas. Quanto
á
America veja-se Grupo Paleo-ame–
ricano, em que se tracta da emigraQao.
Dahi se deduz que as linguas das regioes ex–
tremas sao as mais archaicas.
Isso explica o facto
estranho, na apparencia, de que as linguas geogra–
phicamente remotas concordam, algumas vezes, entre
si melhor do que as liuguas proximas, como vemos:
1.
Já
se sabe que os numeraes das linguas
Munda concordam mais com os numeraes do Bantu
do que com os numeraes das proximas linguas dra–
vidicas. A razao consiste em que os progenitores dos
Negros africanos provinham da regiao na qual os
Munda permaneceram até os nossos días.
-145-