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como ternos no lndo-europeu e no

Indo- chines. Os

grupos indo-africanos podem se denominar lndo·su–

danes e lndo-khamitico e os dois grupos indo-ocea–

nicos denominam-se por sua vez Indo-australiano e

lndo-polynesico. Nao seria difficil formar de um modo

analogo nomes para o Caucasico, Uralo-altaico e para

as linguas «indianas» da America.

A celebre «theoria

d~s

ondas» de Joao Schmidt

explica como se deu a dispersao dos homens e a

differencia~ao

da linguagem primitiva. Schmidt pensa

que os factos se deram do seguinte modo. Quando a

linguagem proto-indo-európéa era fallada em territorio

nao muito · extenso e compacto, era ella. relativamente

uniforme, a ponto de ·cada um entender o seu visi–

nho em urna

concatena~ao

ininterrupta, nao faltando

entretanto

differen~as

graduaes.

E~

differentes pontos

daquelle territorio surgiram successivamente inova–

~oes

que se extenderam mais ou menos

á

semelhan~a

de o das e foram os germens de maiores differen–

cia~oes

na grande massa, que se ia extendendo cada

vez mais. Permaneceram colligadas entre si de tal

maneira as novas linguas que se formaram, até :que

o predominio de algumas fez desapparecer as visi–

nhas, pondo em contacto linguas que antes estavam

distantes e portanto menos semelhantes. Nasceram

assim os confins linguisticos que antes nao existiam.

Os mesmos principios podem ser applicados

á

totalidade das linguas do globo. Como o lndo-europeu

divide-se em nuve ramos, assim em um periodo de

tempo infinitamente mais longo, dividiu-se em n-ove

ramos o tronco primitivo da linguagem humana. Po–

rém a expansaó deu-se em geral

á

semelhan~a

de

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