Finalmente é meu desejo demonstrar que esta
doutrina vem confirmar a da Biblia, que ensina ter a
humanidade a sua origem em um só casal ( Genesis,
!:27-28; 11:7,22).
O polygenismo levantou-se na Allemanha qua¡;i
exclusivamente para combatter o monogenismo bi·
blico. A proposito disto o Prof. Trombetti, em sua
carta de 2 de abril de 1925, que tive a honra de re–
ceber, diz o seguinte :
«
Come Ella sá, il poligenismo
fu affermato quasi soltanto in odio al detto bíblico, e
questo é un gran maJe
» .
Baseio··me, portanto, na doutrina do glottologo de
Bolonha para mostrar rnais urna vez que a Biblia é
«
a bigorna que tem consummido muitos martellos
»,
no sentir de Beza.
Este trabalho compóe-se _das seguintes partes :
Urna introduc<;áo em que tracto do assumpto em geral
e apresento a bi Taphia do Prof. Trombetti. A pri–
meira parte occupa ...se das classffíca<;óes linguisticas;
,a segunda, do es.1Judo de cada grupo e a terceira
tracta do monogenismo linguiStico. Finalmente a con–
clusáo que: aprese ta em conjuncto as provas do mo–
nogenismo bíblico. Apresento ainda, após a conclu–
sáo, a bibliographia utilizada, tendo me servido apenas
da minha bibliotheca particular.
O retrato e a biographia do Prof. Trombetti fo–
ram me enviados gentilmente por elle proprio.
Devo dar tambem urna explica<;áo quanto ao
modo de graphar certos nomes de linguas, que nao
possuimos em Portugues. Dada a natureza do assum–
pto, fui obrigado a usar innumeras palavras extranhas
á
lingua portuguesa. Como grapha-las, eis a diUicul–
dade que encontrei. Um illustre philologo, porém,
aconselhou-me a usar a orthographia italiana, em
vista de ser especialmente nessa lingua a fonte de
estudos de que me serví.
- 8-