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CLE~IENS

PAPA VII

Filho nosso in Chrislo mu)·to amado, Saude e i\postolica

Ben~am

1

t:t•ra•n~

0:;

tlias ¡lass:tdos Leo Papa

xo

da

bena\·cntu–

vn

rada

mcmori;~,

nosso primo e prcdcccssor, scn–

clolhc

diclo por p.11'1C <le tcu padre Manuel da

d.wa

memoria, illustrc Hey de PQrtugal e dos

Algar

rcs, que

:l~Y

elle, como Jo:mnc da

dar<~

memoria 1\cy. 5Cu

prcdcccssor, sondo

vido,

tondo cm

tl{ricu

;tlgus i\louros a scu

scn·ic;o

e

sol1lo, com scu dcligcntc e fiel

scn ico.

com

;tjuda lloScnhor,

muytas

\'iCtoriascontra os imi–

gos OU\'Croun,

ccstcudcr:un

scu poder e rcyno;

e por ter csscs Mauros mais seguros acustum<l–

ram enviar aos capitacs dos dictas )lauros al–

guas mcrces e 01rmns com <¡uc

!hes

parecia <¡uc

elles folgad¡¡m ; e ainda <¡uc o dicto l\ey Ma–

nuel

cría <¡ue asy a elle como ao dicto Joanne,

scu pr·edecessor, era licito isto fazer scm scru–

pulo

de

consciencia, porem

pm·

mor clare7 ..

<t

de

consciencia elle desejasse a\·er· da Sec t\posto–

lk:t

absolur;am e

licen~a

ao deante, o mesmo

Leam, cm esta parte inclinado

á

suplicat;am do

dicto

~hume\

llcy. per suas letras em forma de

br·e\·e, per ,\¡>Ostolica auctoridade, asol"eo os

dictas Joanne e Manuel neys de quaesquer sen–

ten(,'

aS, censuras e penas

d

cscomunham e d ou–

tras quaCsf¡uer ecclesi;rsticas penas, se porra–

zam doque dicto lreemalguas ou\·essemencor–

rido, segundo as lmll:rs Apostolicrts <¡rre

~

cus–

tumam pubricar· 11a cea do Scnhor; e deu ao

dicto 1\l:mucl llcy e a scus sucessores cnmprida

li1·ent:r e facuiJ;1de !il•rc de, scm rccco de algu–

ma

ccnsur:r e scmscrupulo de consciencia, en–

\'i:rr aos dictas

~lour·ns

e

a

!¡uaes<¡ucr 0111ros in–

fit:is, que cntam

ou

por os tempos andasscm

cm guerra contra uutros inficis, ¡>ellei:mdo a

scu soldo ou c11sta, r¡uaesqucr armas qne qui-

sessem, e quacsf¡uer mcrccs que fossem so-

~D.

thr.

mento pera uso do suas pesoas, cm o que de

m~

Su:r

~lages1ado

confiava, segundoemo breredo

dicto Leo, nosso predccessot·, sobr·c o dictocaso

fcy!o. m;lis lar¡;;uncnte se contynha.

J.

Porem, pasto c¡ue ttr:l i\lngcstadc crea por

raznm desta liccn('a e faculdado concedida ser

a elle

n

rnesrna

Jiccn~a

e

faculdadc concedida,

¡>or ser

socc~sot·

cm

o rcyuo do dicto

~lanuel

!ley,

com todo por mor seguridatlc descja as

dictas letras

de

conccssam e licen¡;a e faculdadc

sobredicta serem

:~pr·o\·;uJas

e

r·onfir·madas pcr

nós e pcr rsta Sancta Scc Apostolica; pollo

qua!

nós. o <¡ual, <¡uanto com Ocus podemos, de boa

vontadc, ns supricat;Oes de todos os rcys, mor–

mente dos de\'(JIOS d'esta Sancta Sec, concede–

mos, inclinados a tuas supricat;Oes, pcr Apos–

tolica auctoridade, per

o

teor· das presentes,

aprO\'amos

e

confirmamos as dictas letras e

li–

cenca e faculrlade.

2.

1~

por

m:~is

segura cautela, ¡)er·

a

dicta au–

ctoridade e tcor, damos

:t

t11a Magestade licent;a

e faculdade cnteyra e li\'l'e de en\'iar quaesquer

merces e annas aos dictos

~louros

e a outro1<

inlieis. que. como he dicto, ;mdarem

na

gucrr:t

a teu soldo ou custa, ou cm outra mancira

quando a ty parecer <¡ue con\'etn, e esto scm

medo

ele

alguma censura ou scru¡mlo

de

con–

sdcncia, soLr·c

o

<pwl nós

a tun

cncancga–

mos.

:1.

Nam obstante <¡uacsc¡ucr constitui('.ücs,

orden:rcOes Apostolicas.

e

todas m¡ucllas <¡uc

o

clrcto nosso predcccssOI' derogou, e o11tros

quaesqucr contrniros, etc.

A VIl

de mal't;o de

152' ·