A affirmac;áo de alguns de que havia povos ou
tribus sem religiáo demonstrou-se ser falsa. «Nao se
encontra tribu ou nac;áo sem a. crenc;a em um ser
superior >, diz Tiele. Tambero os philosophos da Gre–
cia diziam ser o homem um «animal religioso.»
A. Le Roy, quando tracta da religiáo dos
«
pri–
mitivos», assim chamados · os povos incultos ou sel–
vagens, declara que sempre os homens, em toda a
parte, apparecem reunidos em familias e estas liga–
das entre si mediante urna religiáo. (C. C. Martindale,
«Storia delle Religioni», vol. V. Edic;áo italiana 1921.)
Conforme diz urna das maiores auctoridades no
vasto campo da Historia das Religióes Comparadas,
Prof. RaUaele Pettazzoni da Universidade de Roma
(«Di-o », vol.
: «L'Essere Celeste nelle credenze dei
popoli p_rimltive»), encont rou · elle os
trac;os persis–
tentes entre os povos «primitivos» actuaes em todas
as pa-rfes i:lo mundo. Affirma ainda este auctor que
á
con-sciencia que clama: « Pae nosso que estás no
céo . ..
»,
responde um écho universal, que repercute
por todos os angulos ' da terra, «urna grande voz hu–
mana»: ca voz de cero e cem povos desde a aurora
dos tempos até os nossos días. » Concluindo a mesma
obra declara elle: «Abbiamo percorso un longo caro–
mino. Abbiamo incontrato in tutte le partí della terra,
presso famiglie umane di razze le piú diverse, la
credenza in un essere celeste suppremo. Attraverso
la varietá delle figure dei sfngoli esseri celesti noi
cogliamo certi Íratti fondamentali che appaiono co–
muni e constanti. » (pg. 349).
-
158-